segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vergonha, onde estás? Pra que te quero!



Olá, amigos do meu blog! Faz tempo que acompanho notícias no jornal e já estava louco para colocar alguma coisa aqui. Que vergonha essa demora toda para decidir sobre a lei da "Ficha Limpa" no Supremo Tribunal Federal! Não se trata de julgar alguém que ainda não sabemos se fez algo de errado contra a sociedade, não. Trata-se de impedir a candidatura de políticos que têm o lado negro e roubaram, violaram, etc. O candidato que tenta mais uma vez uma vaga ao governador do DF, o senhor "R", é uma pessoa dissimulada e vigarista! Com seu ar de santinho, ele com aquela cara de ator de novela mexicana poderia até ser indicado ao Oscar e ganhar a estatueta todos os anos no evento! Como ele finge bem! Engana a classe mais humilde da sociedade, distribui lotes e dá pão e leite. Tudo bem que para quem não tem nada, isso é ótimo. Porém, as pessoas que recebem esse tipo de ajuda não pensam na infraestrutura do lugar onde vão morar, que não vão ter tão cedo nem água, nem esgoto. Asfalto então demorará décadas pra chegar, sem falar em deslocamentos longínquos até escolas e hospitais.


O candidato em questão não prezou pela organização do DF. Todos têm direito a uma moradia, claro, mas a uma moradia com um mínimo de quesitos para que se possa viver bem. O senhor "R" conseguiu a simpatia porque tornou tudo uma grande bagunça e simplesmente injetou esperança nas veias da ignorância. Regina Duarte foi bem infeliz ao dizer "tenho medo", mas eu sou seguro ao dizer que "tenho medo" se essa criatura em questão possa vir novamente a governar o DF algum dia. O pior de tudo é ainda ter a cara de pau de colocar a mulher em seu lugar para governadora. Santa paciência! Quem tem um pingo de sensibilidade, fica de boca aberta e se choca. Quem não tem, aplaude e tem dó. Faço parte do primeiro grupo.


E pra finalizar, acho uma vergonha o STF não ter peito para a maioria votar em uma lei que beneficiará a sociedade contra políticos corruptos. Os ministros devem adorar ocupar uma daquelas cadeiras e se mostrar mais do que os outros, porém se mostraram indignos do lugar que ocupam ao não tomarem uma decisão concisa só por ter relações (assim acho eu) com políticos de ficha suja. Enquanto toda essa sujeira acontece diante de nossos olhos, a falta de vergonha reina e eles ainda nos pintam de palhaços! Ufa!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aninha e suas pedras



ANINHA E SUAS PEDRAS

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.


(Cora Coralina. Out./1981)

*Achei a imagem bonita neste site:

http://arcoartis.com/IsabelFer/IsabelFergaleria.html

Parabéns à autora!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A cantora Vanusa e o Hino Nacional (kkkk)

Olá, amigos do meu blog! Como estão? Estou passando por alguns momentos de profunda reflexão e até vou usar o meu canto cultural posteriormente para poder desabafar um pouco disso. Mas não quero deixar o meu blog pra baixo. Por isso, coloco esse vídeo engraçadíssimo da cantora Vanusa errando a letra do Hino Nacional. Afinal, a vida é feita de bons momentos também!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Momento Clarice Lispector



Olá, amigos do meu blog! Nesta curiosa data (08/09/10), transcrevo frases da brilhante Clarice Lispector retiradas de um site. Com certeza ela merece um bom espaço aqui no meu humilde canto cultural. Clarice é alma, é poesia, é profundidade... É minha poetisa favorita!


"Escrever é procurar entender,
é procurar reproduzir o irreproduzível,
é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."

"E como nasci? Por um quase. Podia ser outra. Podia ser um homem. Felizmente nasci mulher. E vaidosa. Prefiro que saia um bom retrato meu no jornal do que os elogios."

"Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca".

"O trabalho está desorganizado, muito ruim, muito confuso. Material eu tenho e em abundâcia. O que me falta é o tino da composição, o verdadeiro trabalho. Minha tendência seria a de pensar apenas e não trabalhar nada. Mas isso não é possível. O trabalho de compor é o pior. Eu mesma vivo me levantando e caindo de novo e me levantando. Não sei qual é o bem disso, sei que é essa forma confusa de vida que vivo. Uma pessoa que quisesse tomar minha direção seria bem vinda...Eu nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir."

" Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres." (minha frase favorita!)

"... eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."


Comentário meu: Clarice nasce em Tchelchenik, na Ucrânia, em 1920. Chega ao Brasil com os pais e as duas irmãs aos dois meses de idade, instalando-se em Recife. A infância é envolta em sérias dificuldades financeiras. A mãe morre quando ela conta 9 anos de idade. A família então se transfere para o Rio de Janeiro, onde Clarice começa a trabalhar como professora particular de português. A relação professor/aluno seria um dos temas preferidos e recorrentes em toda a sua obra - desde o primeiro romance: Perto do Coração Selvagem. Ela estuda Direito, por contingência. Em seguida, começa a trabalhar na Agência Nacional, como redatora. No jornalismo, conhece e se aproxima de escritores e jornalistas como Antônio Callado, Hélio Pelegrino, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Alberto Dines e Rubem Braga. Os passos seguintes são o jornal A Noite e o início do livro Perto do Coração Selvagem - segundo ela, um processo cercado pela angústia. O romance a persegue. As idéias surgem a qualquer hora, em qualquer lugar. Nasce aí uma das características do seu método de escrita - anotar as idéias a qualquer hora, em qualquer pedaço de papel.


Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/claricelispector/index.htm