domingo, 27 de novembro de 2011

Era uma vez...


Era uma vez, em um mundo dos sonhos, os sentimentos bons: atenção, compromisso, fidelidade, cuidados e talvez amor.

E era uma vez também, no mesmo mundo, os sentimentos ruins: depressão, angústia, fraqueza, falta de amor próprio, baixa autoestima, ódio, imaturidade e acusações.

Um dia eles resolveram se misturar. Aventuras e desafios pra lá e pra cá.

Infelizmente a mentira tomou conta. A baixo-autoestima fez buscar soluções alternativas que não estavam programadas e só se desvalorizou com isso. A depressão se juntou com as acusações e fizeram reinar a tristeza. A falta de amor próprio enxergava no espelho coisas que não existiam. Depois de tanto se misturarem, o amor se contaminou e virou ódio.

E eles viveram infelizes para sempre!

O narrador da história observou que houve uma luta dos sentimentos bons para que tudo ficasse em equilíbrio, mas os sentimentos ruins, como bons bipolares que são, resolveram estragar tudo. São carentes, imaturos e inconsequentes. Eles acham que amar é ser possessivo.

O pior disso tudo é que, no final, eles precisaram mentir. Mentir para si mesmos, para amigos e familiares. Contar uma mentira até para eles mesmos acreditarem (e se enganarem) que é verdade, para esconder o fracasso estampado em suas almas.

Mentindo para si mesmos, eles se livram da culpa e da consciência pesada; vivem num mundo de ilusões, coitados.

Mentindo para os amigos, eles ganham apoio e disfarçam a sua carência. Precisam que alguém afirme alguma coisa para eles para que não se sintam solitários, pobres coitados.

Mentindo para os familiares, eles talvez ganhem algum afago. Contam tudo para a mãe e afirmam que a culpa é do outro. São bem inconsequentes e mimados.

Ao final, eles até podem ter feito os sentimentos bons sofrerem, mas nunca sairão vitoriosos. A vida vem e derruba com aquele maremoto de aprendizados. Alguns se superam e amadurecem, enxergam a vida de outra forma. Outros insistem em persistir no erro por causa de seu orgulho, de seu ego. Coitados, só têm a perder na vida. Passam por maus bocados, ficam doentes e jamais aprendem.

Quanto aos heróis da história, os sentimentos bons, eles choraram, sentiram algo preso dentro de si e viveram angustiados por breves momentos. Quase ficaram depressivos quando colocaram uma máscara em suas faces, afinal, precisavam sorrir para a vida, para as pessoas no trabalho. Souberam disfarçar bem. Quiseram até insistir na história porque ainda tinham amor em seus corações. Acharam até que estavam falhando no relacionamento. Porém, não estavam se sentindo livres. A melhor coisa que fizeram foi tocar a vida, pois todos merecem ser felizes. Os sentimentos ruins que fiquem para trás, pois nada contribuem. Te levam para o buraco junto com eles.

Os sentimentos felizes agora só precisam se reencontrar e esperar as feridas se curarem, afinal, eles realmente merecem ser felizes e terem muito amor no coração.


FIM


(Por Roberto Borges - criador deste blog)

sábado, 26 de novembro de 2011

Poema sobre o coração


Hoje eu coloco um dos poemas de um amigo poeta. Não é preciso nem dizer que quem escreve poemas possui um coração sensível. A grande pena é que são poucos os que querem desbravar esses corações, e mais raros ainda são os que os entendem.
Obrigado por contribuir com o meu espaço cultural, David!


DIVERGÊNCIAS COM O DESTINO
(David Brasileiro)

Destino, chega de fazer isso comigo
Por colocar minha vida em frangalhos
Por acaso você me vê como inimigo?
Não aguento ver meu coração em pedaços

Destino, desgraça, devaneios e devassidão
É como quero trata-lo no momento
Você gosta de me ver na solidão
E se alimenta com o meu sofrimento

De que adianta viver sem desapegos
De dar valor, sendo que a distancia causa dor
Desse jeito, acabo duvidando dos meus conceitos
Destino já estou cheio e, desse jeito, ficarei com rancor!

Divergências, Destino, é isso que você me traz
Nao consigo acabar com esse sofrimento
Destino, por favor, suplico: me torne fulgaz
O que realmente quero na minha vida é complemento



*Foto tirada no prédio dos Correios em São Paulo!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Relógios tiquetaqueando



CLOCKS
(Coldplay)

The lights go out and I can't be saved
Tides that I tried to swim against
Have brought me down upon my knees
Oh I beg, I beg and plead, singing

Come out of things unsaid
Shoot an apple off my head and a
Trouble that can't be named
A tiger's waiting to be tamed, singing

You are
You are

Confusion never stops
Closing walls and ticking clocks
Gonna come back and take you home
I could not stop that you now know, singing

Come out upon my seas
Cursed missed opportunities
Am I a part of the cure?
Or am I part of the disease? Singing

You are, you are, you are
You are, you are, you are

And nothing else compares
Oh nothing else compares
And nothing else compares

You are
You are

Home, home where I wanted to go
Home, home where I wanted to go
Home, home where I wanted to go
Home, home where I wanted to go



RELÓGIOS


As luzes se apagam e eu não posso ser salvo
Ondas contra as quais eu tentei nadar
Me trouxeram a baixo, sobre meus joelhos
Ah, eu imploro, eu imploro e suplico, cantando

Me fale as coisas reveladoras não ditas
Atire fora a maçã em minha cabeça
E um problema que não pode ser nomeado
Um tigre está esperando pra ser domado, cantando

Você é
Você é

Confusão que não acaba,
Paredes fechadas e relógios tiquetaqueando
Eu vou voltar e te levar para casa
Eu não poderia parar agora que você sabe, cantando

Apareça sobre meus mares
Malditas oportunidades perdidas
Eu sou uma parte da cura ?
Ou sou uma parte da doença ? cantando

Você é, Você é, Você é
Você é, Você é, Você é

E nada se compara
Ah, não nada se compara
E nada se compara

Você é
Você é

Lar, lar onde eu queria ir
Lar, lar onde eu queria ir
Lar, lar onde eu queria ir
Lar, lar onde eu queria ir

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11-11-11


Bom, hoje estamos passando por uma data curiosa que já se repetiu outras 10 vezes (repetiu no seguinte sentido: 09/09/2009, 10/10/2010, ok?) e que no ano que vem terá a última, já que não existe mês 13. Durante todo esse tempo que vivi, não percebi diferença nenhuma na minha vida. As coisas continuam da mesma maneira. Atrevo-me a dizer que é uma tremenda bobagem de quem acredita em negócios de numerologia ou outras coisas parecidas. Pelo menos pra mim. A minha vida continua da mesma maneira, o mundo continua caminhando para a destruição mesmo e as coisas continuam seguindo o ritmo natural dos acontecimentos.

Entendo que datas servem para comemorar alguma coisa, como o nosso aniversário, feriados, etc, mas a gente cria uma expectativa tão grande a respeito desses dias que depois acabamos frustrados e entediados nas datas específicas. Quantos aniversários passamos sendo como um dia qualquer e com pessoas que você tem consideração se esquecendo dessa data? Quantas vezes o natal se transformou em um dia entediante e com as pessoas só levando em consideração o dia 24, que é o dia da ceia, e se esquecendo de falar sobre Jesus e praticar boas obras?

O que estou levando em consideração é que datas (números) são o que menos importam, mas sim o que as pessoas fazem de melhor naquele dia. Se é o aniversário, dão um abraço, parabenizam a pessoa (não precisa necessariamente dar presente; ser lembrado é melhor do que ganhar presentes vazios de sentimentos); se é natal, vamos falar sobre Jesus e abrir o coração para ajudar alguém necessitado. O que importa não é a data, mas sim o que você faz naquele dia ou em qualquer outro dia que não tenha comemoração específica.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Não pare de acreditar!




DON'T STOP BELIEVIN'


[Finn]
Just a small town girl, livin' in a lonely world
She took the midnight train goin' anywhere
[Rachel]
Just a city boy, born and raised in South Detroit
He took the midnight train goin' anywhere

[Finn]
A singer in a smoky room
[Rachel]
The smell of wine and cheap perfume
[Finn, Rachel]
For a smile they can share the night
It goes on and on and on and on

[Finn, Rachel]
Strangers waiting, up and down the boulevard
Their shadows searching in the night
Streetlights, people, living just to find emotion
Hiding, somewhere in the nights

[Rachel]
Working hard to get my fill,
Everybody wants a thrill
[Rachel, Finn]
Payin' anything to roll the dice
Just one more time

[Rachel]
Some will win
[Rachel, Finn]
Some will lose
Some are born to sing the blues
And now the movie never ends
It goes on and on and on and on

Don't stop believin'
Hold on to that feelin'
Streetlight, people

Don't stop believin'
Hold on to that feelin'
Streetlight, people
[Everybody]
Don't stop



NÃO PARE DE ACREDITAR


Apenas uma garota do interior, vivendo em um mundo solitário
Ela pegou o trem da meia-noite para qualquer lugar
Apenas um garoto urbano, nascido e criado no sul de Detroit
Ele pegou o trem da meia-noite para qualquer lugar

Um cantor em uma sala enfumaçada
O cheiro de vinho e perfume barato
Por um sorriso eles podem dividir a noite
E vai de novo, de novo e de novo

Estranhos esperando, subindo e descendo a avenida
Suas sombras procurando na noite
Luzes da rua, pessoas, vivendo apenas para encontrar emoções
Escondendo, em algum lugar pela noite

Trabalhando duro para encontrar meu talento,
Todos querem uma emoção
Pagando qualquer coisa para rolar os dados
Só mais uma vez

Alguns vencerão
Alguns perderão
Alguns nascem para cantar blues
E agora o filme nunca termina
E continua e continua e continua

Não pare de acreditar
Agarre-se nesse sentimento
Luzes da rua, pessoas

Não pare de acreditar
Agarre-se nesse sentimento
Luzes da rua, pessoas
Não pare

Mais palavras


PALAVRAS
(Sérgio Britto e Marcelo Fromer)


Palavras não são más
Palavras não são quentes
Palavras são iguais
Sendo diferentes
Palavras não são frias
Palavras não são boas
Os números para os dias
E os nomes para as pessoas
Palavras eu preciso
Preciso com urgência
Palavras que se usem
Em caso de emergência
Dizer o que se sente
Cumprir uma sentença
Palavras que se diz
Se diz e não se pensa
Palavras não têm cor
Palavras não têm culpa
Palavras de amor
Pra pedir desculpas
Palavras doentias
Páginas rasgadas
Palavras não se curam
Certas ou erradas
Palavras são sombras
As sombras viram jogos
Palavras pra brincar
Brinquedos quebram logo
Palavras pra esquecer
Versos que repito
Palavras pra dizer
De novo o que foi dito
Todas as folhas em branco
Todos os livros fechados
Tudo com todas as letras
Nada de novo debaixo do sol

Nuvens e ventos


CANÇÃO DE NUVEM E VENTO
(Mário Quintana)


Medo da nuvem
Medo Medo
Medo da nuvem que vai crescendo
Que vai se abrindo
Que não se sabe
O que vai saindo
Medo da nuvem nuvem nuvem
Medo do vento
Medo medo
Medo do vento que vai ventando
Que vai falando
Que não se sabe
O que vai dizendo
Medo do vento vento vento
Medo do gesto
Medo
Medo da fala
Surda
Que vai movendo
Que vai dizendo
Que não se sabe...
Que bem se sabe
Que tudo é nuvem que tudo é vento
Nuvem e vento vento vento!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rock Brasília - Era de ouro!




Hoje eu fui conferir nos cinemas o documentário sobre o rock em Brasília na década de 80. A história das três principais bandas (Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude) parece se fundir com o próprio desenvolvimento da capital do país, bem como foi moldando a sua cultura. Os jovens garotos procuravam algo para se ocupar numa Brasília ainda muito sem graça e se inspiravam na cena punk rock internacional de bandas como Sex Pistols e The Clash. Eles tiveram muita coragem para arregaçar as mangas e falar em suas músicas o que estava preso na garganta de toda uma geração jovem massacrada pela ditadura militar.
Muito bacana ver os lugares por onde eles passaram em Brasília e bem como suas aventuras e seus erros, como brigas e envolvimento com drogas. Arrisco-me a dizer que a morte de Renato Russo foi um divisor de águas para todos esses roqueiros oitentistas. Alguns continuam fazendo shows até hoje, outros se foram e ainda outros desistiram da carreira e se tornaram funcionários públicos.
Engraçado notar que por um momento eles estiveram reunidos na Colina (superquadra de Brasília dentro do território da UnB) e revolucionaram a cena musical no Brasil.






MÚSICA URBANA
Capital Inicial


Contra todos
E contra ninguém
O vento quase sempre
Nunca tanto diz
Estou só esperando
O que vai acontecer...

Eu tenho pedras
Nos sapatos
Onde os carros
Estão estacionados
Andando por ruas
Quase escuras
Os carros passam...

Contra todos
E contra ninguém
O vento quase sempre
Nunca tanto diz
Estou só esperando
O que vai acontecer...

Eu tenho pedras
Nos sapatos
Onde os carros
Estão estacionados
Andando por ruas
Quase escuras
Os carros passam...

As ruas tem cheiro
De gasolina e óleo diesel
Por toda a plataforma
Toda plataforma
toda a plataforma
Você não vê a torre...

Tudo errado, mas tudo bem
Tudo quase sempre
Como eu sempre quis
Sai da minha frente
Que agora eu quero ver...

Não me importam os seus atos
Eu não sou mais um desesperado
Se ando por ruas quase escuras
As ruas passam....

Tudo errado mas tudo bem
Tudo quase sempre
Como eu sempre quis
Sai da minha frente
Que agora eu quero ver...

Não me importam os seus atos
Eu não sou mais um desesperado
Se ando por ruas quase escuras
As ruas passam...

As ruas tem cheiro
De gasolina e óleo diesel
Por toda a plataforma
Toda plataforma
toda a plataforma
Você não vê a torre...

Oh, oh, oh, oh, oh...