domingo, 14 de junho de 2009

Indústria do sensacionalismo


O acidente foi horrível mesmo. Um avião sumir do mapa em meio oceano Atlântico é um fato que envolve mistérios e questionamentos. Mas o que a mídia faz com assuntos como este ou como casos tipo Isabela Nardoni já passa dos limites! Não que eu esteja ignorando o assunto, mas priorizar ou dar grandes destaques para essa notícia cansa muito. O que estou colocando aqui é uma opinião bem pessoal minha, o que poderá agradar ou desagradar vários leitores. Quantas outras tragédias aconteceram ou acontecem no mundo? Por que toda essa importância para o acidente do avião? Será que é porque havia pessoas ricas ou de outros países a bordo? Será o mistério que envolve a tragédia?

Já pararam pra se perguntar quantas pessoas morrem de AIDS ou de fome na África? Isso não é noticiado todos os dias e nem ganha tanto destaque assim na TV! Há a comoção com o acidente do avião, certo, afinal, vidas se acabaram lá... Coitados dos parentes! Além de sofrerem a perda, lutam contra esse sensacionalismo que cava um buraco na mente e os traumatizam com notícias e manchetes de última hora. Eles não são poupados. Ai deles ainda se começarem a rolar na internet fotos de buscas dos corpos... Que Deus conforte o sofrimento de cada família!

Falo isso porque já estou cansado de ligar a TV em noticiários (coisa que faço pouco) ou abrir a internet e ver as mesmas coisas. Ainda bem que não abandono os livros. Achei até engraçado outro dia que vi num episódio dos Simpsons a Lisa falar algo do tipo: "por que não noticiam um professor homenageando um aluno?". Boa pergunta de um desenho inteligente e crítico. E lá vai a TV nos oferecendo apenas uma possibilidade: jogar informações prontas, sem nos fazer pensar, raciocinar e refletir, e deformando o nosso cérebro com o que bem entende abordar. E nos comove, nos induz, pois ela tem o poder de guiar nossos pensamentos. Gravidade do problema? Infelizmente acontece muitas outras coisas piores por aí e não ganham tanto destaque assim. Quer problemas mais sérios do que a fome e a falta de educação (acréscimo: e a falta de Deus no coração das pessoas)?

Pois é, notícia ruim é o que vende mesmo, infelizmente... (e o sensacionalismo também)

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