domingo, 28 de novembro de 2010
Mutantes e marginais
MUTANTES E MARGINAIS
Nossas forças se esgotaram
Nossos fundos se extinguiram
Quanto tempo passei aqui
E você não me reconheceu?
Joguei a vida para o alto
Deixei de estar com os meus filhos
Essa foi a educação que você me deu
Agora espero por um retorno que nem um idiota
Cadê o preço que pagamos?
Você me financiou por sua própria incompetência
Nada dura mais do que uma eleição
Estou cansado de bancar o palhaço
Você já me chamou de preguiçoso
E eu agora te chamo de ladrão
Que coloca seu discurso na televisão
E não soluciona o problema da educação
Somos mutantes e marginais
Foi você mesmo quem me criou
Foi você mesmo quem me modelou
Sou a sua criatura, lembra?
Passamos o tempo todo escolhendo errado
Aqueles que sobem ao Plenário não conhecem as ruas
Muito menos as lágrimas de quem morre de fome
E julgam tomar as decisões certas
Até acredito no que você diz, mas tenho fome
Se eu não tenho o que devorar aqui
Vou até aí pra devorar você
Ou quem estiver pelo caminho
Sou o mutante do meio
Sou o marginal abandonado
Somos mutantes e marginais
Foi você mesmo quem me criou
Foi você mesmo quem me modelou
A criatura que supera o criador
Por: Roberto Borges
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