terça-feira, 29 de abril de 2008

As flores de plástico não morrem




FLORES

Titãs
Composição: Tony Bellotto / Sérgio Britto / Charles Gavin / Paulo Miklos


Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo


A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem


Comentário meu:

Há alguém aí arrancando flores e se revoltando por algo não ter dado certo? Talvez a gente não compreenda que só o tempo pode curar as feridas ou as dores, e queremos que isso se torne realidade o mais rápido possível. Será que estamos arrependidos de ter magoado alguém? Seria bom imaginar que todas as flores são de plástico e não murcham, mas a realidade nos diz que a maioria delas são de verdade e não há como voltar atrás depois que são arrancadas. Ou há?


Significado da foto: quer algo mais enigmático do que uma floresta?
Vejam o vídeo da música Flores acústico, com a participação de Marisa Monte, no youtube:

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