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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Poema morto


Um poema morre para um poeta quando ele não cumpre a sua função e não atinge o coração alheio. Não resta mais nada a não ser enterrá-lo e chamá-lo de "poema morto"...


POEMA MORTO


Você oculta seus sonhos mais importantes
E está com medo de torná-los realidade
A vida já te feriu bastante, eu sei
O seu coração já chorou por aquilo que não se tornou eterno

Olhe fundo em meus olhos, eu estou aqui
Te observando de longe, querendo te tocar
Querendo sentir sua pele macia, o seu cheiro
Será que nunca vamos nos aproximar?

Liberte-se dessas correntes e das críticas
Você com certeza é muito mais do que pensa
Gaste sua energia para fantasiar comigo
Não vamos mais perder nem um minuto sequer

Estou aqui te esperando enquanto apenas faz parte dos meus sonhos
Quero que fique bem claro o quanto meu coração palpita
Quero que o vento sopre para te mostrar o quanto me arrepio
Quero vencer as barreiras e estar sempre ao seu lado

Sinta meus sentimentos: minha voz chama por você
Vamos enfrentar o que a vida nos reserva de melhor
E despertar aquela energia antes adormecida
Te respeito com todo carinho, amor e atenção


(Por Roberto Borges, autor deste blog!)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tantos "ades"






Teorema de “Ades”


Como adquirir a felicidade?
Demonstrar que sou cortês, mesmo com essa brutalidade
Buscar aptidões para despistar a minha comodidade
Para entender melhor a minha carência, que se mistura com a maturidade.
Como irei conciliar o bem com o mal, faze-los entender a verdade
Por favor, me salvem de tanta complexidade!
Preencham o meu ego e a minha vaidade
Façam-me viver repleto de amizade
No amor, que seja com muita cumplicidade
Dissipando qualquer tipo de vulgaridade
Quero permanecer com a minha moralidade
Mantendo discrição, sagacidade
Demonstrando valores, tonalidade
Haja criatividade!
Mas afinal, pra que tantos “ades”?
Nada demais, apenas um treino da minha capacidade
Desafiando as palavras, para criar habilidade
Desenvolvendo, de certa forma, rimas para a sonoridade
Sentir-me com o cheiro do orvalho, logo após a tempestade
Dormir de um belo sono, sem pensar em alguma barbaridade
Acordar e perceber o quão importante dessa pluralidade
Espero que o faça sensibilizar, não deixando de trazer à realidade
Entenda o que quero: saiba que tudo foi escrito do coração, junto com a realidade.

(Por David Brasileiro) 


*Imagem numa estação de metrô em São Paulo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma Brasília perdida no caminho...

 

Olá, amigos do meu blog! Não sei se no dia 21 de abril posso estar muito feliz e dar os parabéns a Brasília pelos seus 52 anos. A cidade continua bela, mas é maltratada e mal-cuidada pelos nossos governantes; o preço dos imóveis continua um absurdo e me faz, sendo filho desta terra, um estranho no ninho; e a violência que cresce a cada dia, culpa de governos anteriores e sua distribuição de lotes desgovernada. Todos têm direito a moradia, com escolas, hospitais, segurança e lazer. O que se vê hoje não é o ideal que JK idealizou para a capital do Brasil. Brasília merece ainda ter um governo decente!


NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI
(Eduardo Alves da Costa)

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
 por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas manhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

sábado, 14 de abril de 2012

Por que nada pode ser pra sempre


POR QUE NADA PODE SER PRA SEMPRE


Em algum momento senti falta de você
Depois das dezoito o mundo silencia pra mim
Na minha cabeça se passam mil histórias
E eu tento alcançar o que o tempo leva pra longe

Parece que nunca aproveitamos o que se faz presente
Sempre esperamos muito mais do agora
Tentamos reviver o que já se foi
E achamos que o futuro não serve de mais nada

E a pergunta que nunca quis se calar:
Será que terei tudo aquilo de volta pra mim?
Exatamente do jeito que era antes
Nada aperfeiçoado, nada diferente

Mas meu pai me dizia que a vida sempre se renova
Eu fingia um sorriso pra dizer que entendia
Mas a verdade é que até hoje não entendo
Por que nada pode ser pra sempre?

Hoje eu mexi nas lembranças da minha memória
É um campo minado, mas cheio de arco-íris
É também um mundo de felicidades
Que nem mesmo eu consigo destruir


(Por: Roberto Borges - autor deste blog)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gondoleiro do amor


Olá para todos. Aproveitando que hoje é o dia internacional da mulher, coloco um poema de Castro Alves e faço também uma breve menção ao que significa este dia.


Neste 08 de março de 2012, vamos mais uma vez parabenizar as mulheres, sem contudo esquecer o dia 8 de março de 1857, nos Estados Unidos, em Nova Iorque, quando operárias – a maioria imigrantes italianas e judias – que trabalhavam em uma fábrica de tecidos começaram uma greve. Todas foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Cerca de 130 morreram carbonizadas naquele dia.

>>>Texto de Gilvander Moreira.

Leia mais à respeito do Dia Internacional da Mulher: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher



O GONDOLEIRO DO AMOR
(Castro Alves)

Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.

Tua voz é a cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento;

E como em noites de Itália,
Ama um canto o pecador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.

Teu sorriso é uma aurora,
Que o horizonte enrubesceu,
— Rosa aberta com biquinho
Das aves rubras do céu.

Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.

Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;

Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no langor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!? ...

Teu amor na treva é — um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa — nas calmarias,
É abrigo — no tufão;

Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer, quer na dor,...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Não sobrou lugar pra mais nada


NÃO SOBROU LUGAR PRA MAIS NADA

Terra, fogo
Fogo, brasa, vento
Vento força água
Água elemento vida
Coração da Terra
Pulmão do mundo

Chuva escorre água
Sem árvore alaga
Que polue, que desespera
Ai, meu Deus, socorro!
Quem mandou fazer queimada e derrubada
Sequestrar a bicharada da mata?

Fogo queima, queima alto a mata
Ai, camada de ozônio!
Aquece mais a Terra
Minha Terra azul adorada
Derretendo os pólos
Quanta água salgada!

Vento soprava fresco
Mas encontro arranha-céu
E a fumaça do trânsito subiu
E agora como respiro eu?
O céu tem qualquer cor
Menos a cor azul de Deus!

Terra fértil, fértil vida
Que faz nascer alimento
E a bomba veio do céu
E exterminou o trigo meu
Terra ficou desolada, acabada
infértil e inabitada
Não sobrou lugar pra mais nada


Por Roberto Borges

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Oxigênio


OXIGÊNIO


Eu te busquei em cada gota do meu respirar
E neste gás pude o meu peito oxigenar
Com seu gosto, seu cheiro, flutuando no ar
Livres, húmidos, inflados de emoção
E nesta sistólica reação inspirei paixão
Me dando a vida mais atmosfera ao coração
E nesta vital harmonia de puro hidrogênio
Torci para que você fosse o meu oxigênio
Minha combustão... Isto com certeza você foi.


Por Luciano Spagnol

Qual o preço do seu sorriso?


QUAL O PREÇO DO SEU SORRISO?


Sei que sou banal e falo sempre do amor
Como também ouço muita gente falar de desilusão
Mas, puxa, nessa vida vale a pena guardar tanto rancor
Como ganhar um sorriso sem fazer muita confusão?

Queria que fosse mais fácil, como plantar uma horta
Para colher belos sorrisos a todo instante
Já que o amor pula janela quando as contas batem à porta
Quero seu sorriso brilhando feito diamante

Não é fácil viver sorrindo - disso eu sei
Mas não é difícil dissipar uma grande dor
So não posso fingir que sou um rei
Sem que meu sorriso conseguisse transbordar em amor

Já não é bastante falar de sentimentos
Hoje em dia vivemos em individualidade
Sera que não é esse o preço do falso desenvolvimento
Que acaba com a nossa humanidade?


Por David Brasileiro

Tormentos


TORMENTOS

Palavras malditas saem da tua boca
E defloram esta mente pura
A sua imposição é de uma pessoa louca
E desgraça nesta alma a amargura

Corro pelo beco obscuro fugindo de suas agressões
Tropeço e regrido ao escutar seus lamentos
Você sempre quis impor suas obsessões
Eu não as aceito e sou obrigado a viver em um tormento

O seu grito agudo rasga a minha pele
As suas palavras mutilam meus membros
A base do meu ser você sempre fere
E deixam os passos da minha liberdade cada vez mais lentos

Fujo todo tempo dessa persuasão negativa
Canto aos ventos para a sua voz não mais escutar
Pois, se eu a escutar, o meu ódio volta a ativa
E pela esperança e vida, deixo de lutar


Por: Roberto Borges

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fiel Amor


FIEL AMOR

Prefiro o olhar, o beijo cúmplice
O silêncio que diz muito... Bendigo!
As palavras derramadas no ouvido que se faz cálice
A poesia do sorriso companheiro, amigo
Os momentos mágicos do ápice
O abraço que se torna abrigo...

Quero mãos que afaguem
Pés que comigo caminhem
Sair do anonimato pro alguém
Numa história, porém,
Que não seja com desdém
Do desprezo, quero ir além...

Vem! Desenhe um robusto sim
Diga doces alocuções para mim
Traga toda uma paixão carmim
Joeire o dédalo de um sonhador
Ponha tua alma, pois ali vou a minha por
Nos prados de um fiel amor.


Por Luciano Spagnol

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Baú de tesouros


BAÚ DE TESOUROS


Há um baú repleto de tesouros
Que poucas pessoas procuram
Tem gente que só vive em agouros
E de amargura vivem, mas na sua felicidade não lutam

Que tipo de tesouro você busca?
Que tipo de sentimentos quer?
Por que do ressentimento você não o ofusca?
E realmente demonstra que não é um qualquer?

Quero meu baú cheio de preciosidade
Amor, beleza, satisfação e vaidade
Mas quero que esse baú seja preenchido com naturalidade
Tudo isso repleto de dignidade

Cansado de vivenciar tanta amargura
De ser repleto de individualidade
Por favor, meu povo, nos traga a ternura
E nos traga também muita amizade

Agora esconderei esse segredo
Esse baú cheios de tesouros
Guardarei no coração e desviarei do “azedo”
E chega de chacotas nos abatedouros!


Por David Brasileiro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mês dos poemas!


Olá, amigos do meu blog! O mês já está praticamente na metade e eu ainda não postei nada aqui. É que neste mês eu quero dedicar todas as postagens a poemas de minha autoria e de autoria de colaboradores. Um mês sem que as postagens girem em torno de vídeos e músicas. Com vocês, um show de talentos de poetas ainda desconhecidos tentando expressar um pouco de sua essência, de sua alma. Poetas são vozes anônimas que soam tímidas no meio de uma multidão.

O poema a seguir foi feito em 2006 e retrata uma época de muitos planos e sonhos.


APAIXONAR-SE

Em um instante
Não sozinho
Apenas vi você
Seu encanto
Seu brilho
Sua doçura
Fez meu coração reviver
Sua carta
Sua letra
Seu poema
Me fez te admirar
Sua voz
Seu toque
Seu sorriso
Me fez algo despertar
Seu jeito único
Seu calor amoroso
Seu sexo ardente
Me fez perdidamente apaixonar...

Por: Roberto Borges

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Enquanto chove lá fora


ENQUANTO CHOVE LÁ FORA

Enquanto eu reviro papéis e lembranças antigas em meu quarto
Chove intensamente lá fora
De nada adianta fazer lindos barquinhos de papel
Se eles irão se desmanchar naquelas águas pesadas
Como sonhos brilhantes que se perdem em bueiros
E como chamas que não conseguem se manter acesas

O dia amanheceu nublado, oculto e frio
Chove intensamente lá fora
Eu não acreditei nas horas que vinham e voltavam
E nos relógios que tiquetaqueavam
E nem nos sons da água que se propagava
Que escondiam o meu soluçar interno

Quando pego o meu guarda-chuva, não há escapatória
Chove intensamente lá fora
O que eu mais queria era ocultar o meu rosto e desviar das pessoas
A cada passo, uma poça de sangue se formava
Tão vermelha quanto a ira e a fuga
Tão profunda quanto a carência e o esquecimento

Os carros passam e espalham as águas
Chove intensamente aqui fora
Para onde olhar se o que importa é o caminho livre?
De repente, o deitar forçado no chão, a dor intensa no peito
O giro da inconsciência, gotas diretas em meu rosto, olhar frágil...

É, realmente chove aqui fora...


(Por Roberto Borges, autor deste blog)

domingo, 1 de janeiro de 2012

E mais um ano começa...


Mais um ano começando e novas expectativas e esperanças brotam em nossos corações. É importante darmos um primeiro passo para que Deus nos guie para um caminho de sucesso. Até lá, muitas coisas podem acontecer. É ter fé que tudo vai dar certo e ter foco no objetivo. 2012 está aí e promete!

E já começo o ano colocando um poema que me agradou bastante. Prometo que neste ano colocarei mais poemas meus também! E reclamações também! Senão, aí não seria eu... rs


OH, DOCE CHUVA!

Mais um ano esta acabando
Mais um ciclo que chega ao fim
Mais uma chuva desmoronando
Limpando esse sentimento ruim

Chuva lhe agradeço profundamente
Por limpar o céu, terra e confins
Quero que limpe também a minha mente
E me leva para Tocantins

Por favor chuva não se tornes tempestade
Traga a calmaria de um orvalho
Sei que seu poder pode virar até calamidade
Mas quero-te para prosseguir em um atalho

Chuva que irriga uma horta
Chuva que preenche o rio
Chuva faz do mar sua horda
E quando a chuva cessa vejo um arco-íris e sorrio

Se você ver a chuva como tristeza
E não acredita na sua purificação
Que a cor cinza te traga toda franqueza
E liberta nossa alma da putrefação

Uma lágrima representa a chuva
Mas a mesma não representa somente dor
Lagrimas sim, da chuva sabor de uva
Me limpa completamente do rancor

A chuva já cessou
O alivio apareceu
Chuva agora sei quem sou
Chuva nunca me diga Adeus!

(David Brasileiro)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Questionamentos


QUESTIONAMENTO DO MEU CONTEXTO
(David Brasileiro)

O que fazer?
Quando meu amor é diferente
Quando a distância é evidente
Quando a tristeza é emergente?

Como agir?
Com meu ciúme que se torna avareza
Com minha angustia que permanece na redondeza
Com minha ansiedade que destrói a minha beleza?

Como mudar?
Uma mágoa em uma simpatia
Um choro cessar e virar nostalgia
Um rancor que insiste em ser uma regalia?

Como seguir?
Sem saber do que eu sinto se será recíproco
Que a felicidade não se torne novamente um equívoco
E que todo esse contexto se transforme em um belo sorriso?

Só entenda que:
Quero que busque e encontre a felicidade
Não tenha medo da maturidade
E que nunca viva na ingenuidade!

sábado, 26 de novembro de 2011

Poema sobre o coração


Hoje eu coloco um dos poemas de um amigo poeta. Não é preciso nem dizer que quem escreve poemas possui um coração sensível. A grande pena é que são poucos os que querem desbravar esses corações, e mais raros ainda são os que os entendem.
Obrigado por contribuir com o meu espaço cultural, David!


DIVERGÊNCIAS COM O DESTINO
(David Brasileiro)

Destino, chega de fazer isso comigo
Por colocar minha vida em frangalhos
Por acaso você me vê como inimigo?
Não aguento ver meu coração em pedaços

Destino, desgraça, devaneios e devassidão
É como quero trata-lo no momento
Você gosta de me ver na solidão
E se alimenta com o meu sofrimento

De que adianta viver sem desapegos
De dar valor, sendo que a distancia causa dor
Desse jeito, acabo duvidando dos meus conceitos
Destino já estou cheio e, desse jeito, ficarei com rancor!

Divergências, Destino, é isso que você me traz
Nao consigo acabar com esse sofrimento
Destino, por favor, suplico: me torne fulgaz
O que realmente quero na minha vida é complemento



*Foto tirada no prédio dos Correios em São Paulo!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mais palavras


PALAVRAS
(Sérgio Britto e Marcelo Fromer)


Palavras não são más
Palavras não são quentes
Palavras são iguais
Sendo diferentes
Palavras não são frias
Palavras não são boas
Os números para os dias
E os nomes para as pessoas
Palavras eu preciso
Preciso com urgência
Palavras que se usem
Em caso de emergência
Dizer o que se sente
Cumprir uma sentença
Palavras que se diz
Se diz e não se pensa
Palavras não têm cor
Palavras não têm culpa
Palavras de amor
Pra pedir desculpas
Palavras doentias
Páginas rasgadas
Palavras não se curam
Certas ou erradas
Palavras são sombras
As sombras viram jogos
Palavras pra brincar
Brinquedos quebram logo
Palavras pra esquecer
Versos que repito
Palavras pra dizer
De novo o que foi dito
Todas as folhas em branco
Todos os livros fechados
Tudo com todas as letras
Nada de novo debaixo do sol

Nuvens e ventos


CANÇÃO DE NUVEM E VENTO
(Mário Quintana)


Medo da nuvem
Medo Medo
Medo da nuvem que vai crescendo
Que vai se abrindo
Que não se sabe
O que vai saindo
Medo da nuvem nuvem nuvem
Medo do vento
Medo medo
Medo do vento que vai ventando
Que vai falando
Que não se sabe
O que vai dizendo
Medo do vento vento vento
Medo do gesto
Medo
Medo da fala
Surda
Que vai movendo
Que vai dizendo
Que não se sabe...
Que bem se sabe
Que tudo é nuvem que tudo é vento
Nuvem e vento vento vento!

domingo, 30 de outubro de 2011

O guardador de rebanhos


O GUARDADOR DE REBANHOS

Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz


(Alberto Caeiro - heterônimo de Fernando Pessoa)

domingo, 18 de setembro de 2011

Um triste poeta


UM TRISTE POETA


O triste poeta sem rumo vaga
Pelo tenebroso mundo gelado da solidão
Com uma arma na mão não sabe se mata
Ou se faz mais uma tentativa daquela impossível paixão

Ele caminha em qualquer direção, sem com nada se importar
Não existem mais lágrimas para serem derramadas
De uma hora pra outra, seus versos perderam a rima...
E a sua caneta, se empoeirou no esquecimento...

O triste poeta sentiu um pedaço de si ser arrancado!
Uma certa pessoa lhe disse que para sempre iria te amar
Mas sem ao menos avisar, seu coração foi esquecido e abandonado
Como se amassa um papel que nunca mais vai se usar

Mas esse triste poeta decidiu erguer a cabeça
Decidiu tentar se esquivar do ódio e da dor
Mas talvez ao pegar a prancheta ele nunca se esqueça
De que foi ali, que escreveu incontáveis poemas para o seu grande amor...


Por: Roberto Borges