sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vítimas do capitalismo


Olá, galera. Hoje eu estava fazendo uma reflexão e vi que sou uma grande vítima do capitalismo. Ou pelo menos um comprador impulsivo. Espero que certas empresas não estejam lendo isso aqui hehehe... Trabalhamos para poder viver, para poder ter um bom conforto. Nada mais gratificante depois de um mês suado e estressante você ter o seu dinheirinho lá na sua conta. Melhor ainda é quando você usufrui daquele dinheirinho para comprar o que você gosta, paga suas dívidas e fica numa boa. Aí você dá mais valor ainda ao seu trabalho. Há pessoas que pegam muito no meu pé quando falam que tenho que economizar dinheiro. Mas eu economizo; não gasto tudo. O negócio é que às vezes se ganha tão pouco que é melhor nem economizar. Economizar esse pouco pra quê? Só se passar uns mil anos juntando aquela merreca pra poder comprar algo de grande valor... Não é disso que eu preciso. Acho que é frustrante você ter aquele pouco dinheiro e não poder gastar com o que quer. Pior ainda é guardar demais e não poder usufruir depois.

Eu gosto de leitura, gosto de comprar mangás, livros e outras coisinhas a mais (tá, um joguinho de Playstation) porque é isso que me deixa feliz e me satisfaz. O dinheiro serve para isso e não para eu ficar admirando-o sem poder gastar. Claro, tenho a responsabilidade de reservar um pouco. Já treino isso para uma futura vida de responsabilidades, com contas, dívidas, etc. Mas sem, com isso, deixar de ter o dinheiro do cineminha, do mangá, ou até da promoçãozinha que surge no site do Submarino... Sem nenhum arrependimento. Quem não consome, não consegue acompanhar a evolução das coisas. Devemos consumir com responsabilidade, obviamente.

E ainda vou ter de consumir mais um pouco, por enquanto, pois haja taxa de inscrição de concurso público! E ainda tenho o meu compromisso de ajudar as pessoas (que não venham todos os parentes pedir dinheiro ehehehehhe)!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dispensando palavras

World Builder from Bruce Branit on Vimeo.



Olá para todos! Desculpem por não ter postado regularmente esta semana - acho que foi por desleixo meu mesmo. Não posso ficar preguiçoso e deixar de pensar e colocar o Ondas do Pensamento pra funcionar ao menos uma vez por semana hehehe...

Hoje eu coloco um vídeo que dispensa palavras - literalmente e literariamente. Um estranho homem constrói um mundo holográfico utilizando ferramentas para a mulher que ele ama. Vale a pena conferir!

sábado, 16 de maio de 2009

Acredite nos sonhos!!! (Deus é maior)



Olá para todos que acompanham o meu blog! Estava alguns dias sem postar, mas não esqueço daqui de maneira alguma. Hoje eu quero passar uma mensagem super positiva. Acompanhem.

Venho falar da necessidade de acreditarmos sempre nos sonhos. Em muitos momentos da vida, nós almejamos ter alguma coisa, fazer alguma coisa, realizar alguma coisa... Nos preparamos para o tão esperado momento, mas será que vamos merecer mesmo? Será que teremos, acima de tudo, Deus no coração, humildade, confiança e paciência? Não estou aqui ensinando fórmula de como vencer. Estou apenas refletindo no que eu acredito que possa me ajudar a vencer. Acreditar em Deus é o primeiro passo para tudo na vida. Treina-se a fé. Ter humildade, saber reconhecer erros e acertos e ter confiança é o segundo passo. Aí, aparecerão as dificuldades, os espinhos, as pessoas que querem puxar seu tapete. Entrar na delas é perdição. Não pense em vingança e nem perca tempo reclamando. A chave é ter paciência, muita mesmo. É ter confiança eu si mesmo: EU POSSO! Eu posso tudo naquele que me fortalece!

Não podemos desanimar. Não sei se poderei ajudar alguém com essas poucas palavras que coloquei aqui, mas falo de mim, do mais profundo, que tenho confiança em Deus e acredito no meu potencial. Tempestades virão, nossa, e como virão! Mas não podemos nos imaginar perdedores. É levantar a cabeça, bater a poeira como se nada tivesse acontecido. Você não é o que os outros falam, mas, sim, aquilo que você acredita ser. Jamais deixe de sonhar! São os sonhos que movimentam a nossa existência.

Obrigado por tudo, Deus!


DEUS É MAIOR
Flavinho


Não, não há!
Não há mal, que me possa vencer

Pois tudo posso Naquele que me fortalece
tudo posso em Jesus Cristo

Nenhum problema, nem meus pecados
poderão superar o Amor de Deus.

Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande Supremo Rei!

Nem a tristeza nem mesmo a dor
poderá superar o Amor de Deus.

Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande Supremo Rei!

Nem a vingança nem mesmo o ódio
poderá superar o Amor de Deus

Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande Supremo Rei!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Momento Fernando Pessoa - parte 2



O CORVO *
(de Edgar Allan Poe)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.

É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.

Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,

Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".

Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,

Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,

Libertar-se-á... nunca mais!


(tradução feita por Fernando Pessoa)

* Traduzido de The Raven, de Edgard Allan Poe, ritmicamente conforme com o original.

**Fonte: http://www.insite.com.br/art/pessoa/coligidas/trad/921.html

terça-feira, 12 de maio de 2009

Momento Fernando Pessoa - parte 1


MANHÃ


Para que vens? Já perdi
Há muito a esperança em ti.
Mais um dia? Passará
Como tudo que eu senti,
Tudo que eu nem tenho já.

Estou cansado de tudo
Para que vens? Dormirei
Em breve gélido e mudo.
Vens dizer que eu passarei
Como tu? Eu já o sei.

Passarei. Nessa tristeza
Um dia embalei a vida.
E nem dela de dolorida
Já a formidável certeza
De passar mal é sentida.

P'ra que morrer? Conhecer
Inda quis e me cansei.
Nada soube e nada sei.
Não sei para que viver,
Nem sei porque morrerei.

À indiferença da dor
Extrema pois me recolhi.
Menti, não quero o horror
De pensar
Leva-me cedo p'ra ti.

Mas o inevitável tem
Mais horror que tudo
Mesmo que sejas um bem
Muito queria ter um escudo
Contra ti, ignoto além.


NOITE

Ó Noite maternal e relembrada
Dos princípios obscuros do viver;
Ó Noite fiel à escuridão sagrada
Donde o mundo é o crime de nascer;

Ó Noite suava à alma fatigada
De querer na descrença pode crer;
Cerca-me e envolve-me... Eu não sou nada
Senão alguém que quer a ti volver...

Ó Noite antiga e misericordiosa.
Que seja toda em ti a indefinida
Existência que a alma me não goza!

Sê meu último ser! Dá-me por sorte
Qualquer cousa mais minha do que a vida,
Qualquer cousa mais tua do que a morte!


TRISTEZA

Falo-me em versos tristes,
Entrego-me a versos cheios
De névoa e de luar;
E esses meus versos tristes
São tênues, céleres veios
Que esse vago luar
Se deixa pratear.

Sou alma em tristes cantos,
Tão tristes como as águas
Que uma castelã vê
Perderem-se em recantos
Que ela em solslaio, de pé,
No seu castelo de prantos
Perenemente vê...
Assim as minhas mágoas não domo
Cantam-me não sei como
E eu canto-as não sei por quê.


Comentário: Fernando Pessoa (1888 - 1935) é o maior poeta moderno de Portugal. Dedicou seus estudos a diversas e estranhas variantes, como da astrologia à cabala, do espiritismo à maçonaria. Criou vários heterônimos (entre os principais, Alberto Caeiro, Bernardo Soares, Ricardo Reis e Álvaro de Campos) que apresentavam visões diferentes da literatura, além de seus estilos distintos. Recomendo procurar mais para conhecer bem este poeta tão diversificado.

*Fonte: Revista Entrelivros n 10. (www.revistaentrelivros.com.br)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Cadê o respeito?


Olá para os amigos que visitam o meu blog! Andei ocupado esses dias com fatos da vida, coisas que me tomaram fôlego a inspiração para postar aqui. Mas aqui estou eu para poder fazer uma reflexão. Será que vão concordar?


CADÊ O RESPEITO?

Observando a vida e tudo o que a faz modificar a todo instante, notei a falta de um nobre sentimento nas pessoas: o respeito. Ao andar em lugares movimentados, não se vê compaixão das pessoas umas com as outras. Há apenas a briga de egos que ocorre pelo simples olhar torto de quem passa por você. Ai de você se não seguir os padrões, se não tiver com a namorada ou com a roupa da moda. Andando pela rua, você não vê acessos facilitados a cadeirantes, respeito a pessoas idosas. Motoristas de ônibus e cobradores estressados mal olham na sua cara quando você pede informações. Não dá mais para ir em shows de graça, pois pessoas são esfaqueadas sem o menor motivo. Esfaqueadas por jovens sem cultura, sem estudo, sem Deus em suas vidas. O exemplo que elas devem ver em casa é do pai bebendo, usando drogas e batendo na esposa. Falta respeito do marido para com a mulher. Respeito na família, respeito entre namorados. Perdeu-se o valor dessa palavra tão valiosa.
Hoje, nossas escolas estão voltadas mais para o ensino técnico e decorativo, para que seus "robozinhos" possam tirar as melhores notas no vestibular ou em concursos públicos. Eu, como professor, tenho que entrar em uma sala de aula para dar uma aula técnica e massante, meramente decorativa. Não dá tempo de trabalhar uma didática. Perde-se o principal objetivo da escola que é "formar e humanizar". Aí vemos o resultado aí nas ruas: pessoas sem saber lidar com outras, sem saber lidar com situações além do papel, pessoas que desrespeitam as outras...
O respeito depende de diálogo, educação, amor, atenção. É preciso plantar essa semente nas pessoas. Mas pais e escolas estão falhando nisso tudo. Até onde vamos chegar? Vamos conseguir sobreviver em um mundo onde o respeito está acabando?
E quem respeita ainda é taxado de bobo, certinho, dentre outros apelidos. A moda agora é não respeitar. É sair sem dar satisfações, é não mais pedir desculpas pelos erros cometidos. É sentir vergonha de ajudar alguém que caiu no meio da rua, é ficar calado quando alguém pede informações. É, infelizmente, ter medo de acolher alguém necessitado, pois há os que abusam da boa fé de outras para cometer delitos.
Me assusta continuar pensando nisso...


*Imagem retirada de um blog.