sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu vejo sua aura



Eu vejo sua aura, amore mio, dentre tantas outras existentes no mundo. Você é o ponto brilhante, a sensação térmica, o ser cheio de energia que me atrai no meio da multidão e no espaço infinito do cosmo. O nosso encaixe é perfeito. A maneira como te coloco em meu colo e como você se alenta nele é de alguém querendo dar e receber proteção. Como é gostoso saber que você existe, que está pensando em mim e que se sente mal quando me ver passar por certas situações. A gente daria um para o outro o céu, o amor e toda nossa energia.

Eu vejo sua aura mesmo quando há brigas, desentendimentos, pois não somos perfeitos. Somos seres pensantes. É aí que a nossa energia, nosso cosmo interior, deve estar em interação total para que não caia em desequilíbrio. E o que importa é o que somos agora, pois não persistimos no passado, embora ainda haja resquícios. Mas você se permitiu... e eu também... é por isso que eu vejo sua aura... e você vê a minha.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A difícil arte da convivência



Personalidades diferentes, deixar muita louça suja na pia, usar demais um determinado objeto ou simplesmente (e talvez o mais importante) a falta de privacidade... é assim que começo definindo este texto, coisa que o título também já ajuda bastante. Conviver com pessoas diferentes e em um curto espaço não é tarefa fácil e nem é qualquer um que consegue. É preciso primeiro ter disciplina e bons modos, bem como saber de suas limitações e respeitar o espaço dos outros (que muitas vezes você nem concorda). É estar em um lugar novo, talvez longe da família e estar sozinho quando você quer encontrar algum apoio. Ou o leitor que lê este texto é autossuficiente?

A convivência pode ser boa quando há um trato e muita conversa entre as partes, embora possa sempre haver divergências, pois são cabeças pensantes que querem moldar o espaço a seu gosto. Mas sempre insisto aqui no meu blog em dizer que o diálogo resolve a grande parte dos problemas, muitas vezes imaginários. Boa parte dos problemas se relacionamento são resolvidos quando há conversa, quando todos falam e todos escutam. Conviver pode ser um grande desafio, algo difícil de se adaptar e que enfrentamos porque não há uma outra alternativa no momento e porque é um processo da vida.

O que podemos fazer para tornar esse momento da vida um pouco mais agradável? Se você é bastante tolerante, se taxam como bobo e usam e abusam de coisas e espaços que você também tem direito de usufruir. Se você tenta ser equilibrado, as pessoas "montam em suas costas" e acomodam a bunda no canto da casa e não te ajudam (pior: criticam!). Por fim, quando você é exigente, arrajam brigas e se acham injustiçados, nem ao menos parar para analisar se estão certos ou errados.

Por fim, convivência é um processo da vida e o melhor que podemos fazer é termos nossos momentos de liberdade, sem dar satisfações e escolhermos ficar sozinho durante algumas horas ou dias. É não se concentrar na energia que ronda o ambiente, utilizar espaços para o essencial (mas também não deixar de usar, afinal, se paga por aquilo) e fazer a sua parte.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

We Are The World (nova versão)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Lua



A Lua

A lua cheia de beleza e luz
É fase bela e misteriosa
Por que será que a tantos seduz ?
Talvez porque tão decantada em prosa.
Lua minguante, fase tão modesta
Que míngua a dor do que acredita nela.
É lua boa e não se manifesta
Como uma fase que aparece bela.
A lua nova, clara e brilhante,
Sempre renova a fé de algum mortal;
É lua limpa, não tem semelhante
Visível em todo plano sideral.
Lua crescente, cresce a esperança,
De vida boa, com fartura e paz.
Com fé na lua, toda graça alcança,
Quem, com trabalho, seu destino faz.
Dizem que a lua influencia a vida,
Sendo a raiz dessa crença remota.
Há quem afirme ser crença vencida,
Mas contestá-la se torna idiota...

(Por: Luiz Angelo Vilela Tannus - poesia encontrada na internet com seus devidos créditos!
Fonte: http://sitedepoesias.com.br/poesias/9344 )



NOITE DE LUA CHEIA


Ó linda noite de lua cheia
Que na minha alma incendeia
Profundos suspiros e paixões!

O teu brilho me hipnotiza
E com as constelações rivaliza
Um lugar em nossos corações

Tão branca e tão misteriosa
Me guia pelas ruas sem rumo
Como és bela, como és preciosa
Doce inspiração dos seres noturnos

A sua luz parece me guiar
Pelas tristes noites de solidão
Fico o dia todo a te esperar
Pois cada cosmo tem sua atração

(Por: Roberto Borges)


Obs: amo o amore mio!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Os olhos dos pobres



Quer saber por que a odeio hoje? Sem dúvida lhe será menos fácil compreendê-lo do que a mim explicá-lo; pois acho que você é o mais belo exemplo da impermeabilidade feminina que se possa encontrar.

Tínhamos passado juntos um longo dia, que a mim me pareceu curto. Tínhamos nos prometido que todos os nossos pensamentos seriam comuns, que nossas almas, daqui por diante, seriam uma só; sonho que nada tem de original, no fim das contas, salvo o fato de que, se os homens o sonharam, nenhum o realizou.


De noite, um pouco cansada, você quis se sentar num café novo na esquina de um bulevar novo, todo sujo ainda de entulho e já mostrando gloriosamente seus esplendores inacabados. O café resplandecia. O próprio gás disseminava ali todo o ardor de uma estréia e iluminava com todas as suas forças as paredes ofuscantes de brancura, as superfícies faiscantes dos espelhos, os ouros das madeiras e cornijas, os pajens de caras rechonchudas puxados por coleiras de cães, as damas rindo para o falcão em suas mãos, as ninfas e deusas portando frutos na cabeça, os patês e a caça, as Hebes e os Ganimedes estendendo a pequena ânfora de bavarezas, o obelisco bicolor dos sorvetes matizados; toda a história e toda a mitologia a serviço da comilança.


Plantado diante de nós, na calçada, um bravo homem dos seus quarenta anos, de rosto cansado, barba grisalha, trazia pela mão um menino e no outro braço um pequeno ser ainda muito frágil para andar. Ele desempenhava o ofício de empregada e levava as crianças para tomarem o ar da tarde. Todos em farrapos. Estes três rostos eram extraordinariamente sérios e os seis olhos contemplavam fixamente o novo café com idêntica admiração, mas diversamente nuançada pela idade.


Os olhos do pai diziam: "Como é bonito! Como é bonito! Parece que todo o ouro do pobre mundo veio parar nessas paredes." Os olhos do menino: "Como é bonito, como é bonito, mas é uma casa onde só entra gente que não é como nós." Quanto aos olhos do menor, estavam fascinados demais para exprimir outra coisa que não uma alegria estúpida e profunda.
Dizem os cancionistas que o prazer torna a alma boa e amolece o coração. Não somente essa família de olhos me enternecia, mas ainda me sentia um tanto envergonhado de nossas garrafas e copos, maiores que nossa sede. Voltei os olhos para os seus, querido amor, para ler neles meu pensamento; mergulhava em seus olhos tão belos e tão estranhamente doces, nos seus olhos verdes habitados pelo Capricho e inspirados pela Lua, quando você me disse: "Essa gente é insuportável, com seus olhos abertos como portas de cocheira! Não poderia pedir ao maître para os tirar daqui?"


Como é difícil nos entendermos, querido anjo, e o quanto o pensamento é incomunicável, mesmo entre pessoas que se amam!


(Charles Baudelaire)


*Curiosidade: para quem não sabe, no vídeo Sarah Brightman canta Fleurs du Mal, mesmo título de um livro de poesias de Charles Baudelaire.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Uma antiga música nas rádios



NOVEMBER RAIN
Chuva de Novembro

(Guns N Roses)

When I look into your eyes
Quando olho nos seus olhos
I can see a love restrained
Posso ver um amor reprimido
But darling when I hold you
Mas querida, quando te abraço
Don't you know I feel the same
Você não sabe que eu sinto o mesmo?

'Cause nothing lasts forever
Porque nada dura para sempre,
And we both know hearts can change
E nós dois sabemos que os corações podem mudar
And it's hard to hold a candle
E é difícil segurar uma vela
In the cold november rain
Na fria chuva de novembro.

We've been through this such a long, long time
Nós estamos nessa a tanto, tanto tempo
Just trying to kill the pain, oh yeah
Simplesmente tentando aplacar com a dor, oh yeah

But lovers always come
Mas amores sempre vem
And lovers always go
E amores sempre vão
An no one's really sure
E ninguém está realmente certo
Who's letting go today walking away
De quem está deixando ir hoje... Indo embora

If I cold take the time
Se eu pudesse usar o tempo
To lay it on the line
Para falar francamente
I could rest my head
Eu poderia descansar minha cabeça
Just knowing that you were mine, all mine
Simplesmente por saber que você foi minha, toda minha

So if you want to love me
Entao, se você quiser me amar
Then darling don't refrain
Então querida, não se contenha
Or I'll just end up walking
Ou simplesmente terminarei andando
In the cold november rain
Na fria chuva de novembro

Do you need some time... on your own
Você precisa de um tempo... para você
Do you need some time... all alone
Você precisa de um tempo... totalmente sozinha
Everybody needs sometime... on their own
Todo mundo precisa de um tempo.. para si
Don't you know you need sometime... all alone
Você não sabe que precisa de um tempo?... Totalmente sozinha?

I know it's hard to keep an open heart
Eu sei que é difícil manter um coração aberto
When even friends seem out to harm you
Quando mesmo os amigos parecem dispostos a te prejudicar
But if you could heal a broken heart
Mas se você pudesse curar um coração partido
Wouldn't time be out to charm you
O tempo não pararía para te encantar?

Sometimes I need some time... on my own
Você precisa de um tempo... para você
Sometimes I need some time... all alone
Você precisa de um tempo... totalmente sozinha

Everybody needs some time... on their own
Todo mundo precisa de um tempo.. para si
Don't you know you need some time... all alone
Você não sabe que precisa de um tempo?... Totalmente sozinha?

And when your fears subside
E quando seus temores se acalmarem
And shadows still remain
E as sombras ainda permanecerem
I know that you can love me
Eu sei que você pode me amar
When there's no one left to blame
Quando não sobrar mais ninguém para culpar

So nevermind the darkness
Então não se preocupe com a escuridão
We still can find a way
Nós ainda podemos encontrar um jeito
'Cause nothing lasts forever
Porque nada dura para sempre
Even cold november rain
Nem mesmo a fria chuva de novembro

Don't ya think that you need somebody
Você não acha que precisa de alguém?
Don't ya think that you need someone
Você não acha que precisa de alguém?
Everybody needs somebody
Todos precisam de alguém
You're not the only one
Você não é a única
You're not the only one
Você não é a única


Comentário meu: primeira música que eu ouvi do Guns. Pena que a banda hoje em dia não chegue a um décimo do que foi antes. Quanto ao conteúdo, nada dura para sempre, nem mesmo a fria chuva de novembro. Porém, acredito que a intensidade com que vivemos os fatos podem torná-los eternos.