terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Déficit de Atenção e nossas "Redes Sociais"


O Déficit de Atenção e nossas “Redes Sociais”


Perdão a todos, por mais uma vez por tentar “falar” de outro tema, estranho ao meu conhecimento, e minha vã compreensão.
Bem, o que gostaria de compartilhar com “vocês” é o motivo de nos apegarmos tanto nas “tais” Redes Sociais.
Aliás, pelo menos depois de algum tempo, acreditamos que sabemos das nossas necessidades, e mais ainda, aquelas vinculadas a nossa “psique”.

É! Não é fácil, todos estamos à mercê das nossas dependências, e mais ainda, das internas. Dentre elas, a mais recorrente, a meu ver, são as nossas carências. De verdade, deve ser a mais intensa. E na prática, é a que mais escondemos. Geralmente, até de nos mesmos.
E meus caros, somos carentes de quase tudo! De Vida, de perspectiva, de valores, de intensidade, e principalmente de reconhecimento e “invariavelmente” de sermos vistos, ouvidos e de sabermos que os “demais” saibam que existimos. E se possível! Que todos saibam que somos bons, ou ainda, muito bons em alguma coisa.

Com o tempo, e a maturidade, que pode ser algo rápido, demorado, ou até mesmo jamais chegar, mudamos nossos comportamentos e prioridades. Pelo menos, espera-se!

É verdade que, com o tempo, não mais tentamos nos socializar, pelo menos, não como fazíamos, nos primeiros anos de vida, na época da adolescência. Pelo contrário, com o tempo, nos interiorizamos, tentando nos entender, compreender nossa razão de ser, de existir, de ser e estar nesta vida. Talvez, possa até arriscar mencionar que, desejamos descobrir nossos “propósitos”, ainda que possamos pouco saber disso, em qualquer época da nossa trajetória da “simples” vida.
É o que isso tem a ver com as redes sociais, muitos podem estar se perguntando! Bem, a meu ver, tudo! Ou quase tudo, para não ser radical! São instrumentos de comunicação, e com base neles, interagimos. Espero não estar falando uma “imensa” bobagem. Se isso estiver! Que me perdoem meus amigos, colegas e demais “especialistas” nesta área.

Lembrando que, as redes sociais de hoje, nada mais são, com as devidas “proporções”, é claro, semelhantes aos adventos, como o: Telégrafo, Fax, Telefone Fixo, “Pager” etc. Todos eles no passado serviram para facilitar a comunicação entre as pessoas, ou ainda, diminuir as distâncias entre elas. A meu ver, maravilhosa a transição que vivemos, no século passado, e neste em particular. Podemos viver e ver melhorar a condição humana, quanto à nossa “comunicação”, para diminuir nossas distancias e laços.

Contudo, neste mesmo contexto, me preocupa algo em particular.
As relações humanas, baseada nos instrumentos, e não mais nas pessoas. A meu ver, parece-me, que estamos mais preocupados com os meios e não com os fins.

Vou ser mais prático!

Ao utilizar as “importantes” redes sociais, muitas das vezes, muitos de nos, se esconde. Não dos outros, mais muitas vezes de nos mesmos. Compartilhamos quase tudo, mais no fundo, nada de nos mesmos. Falta-nos, a meu ver: sentir mais, ver mais, compreender mais, os pequenos detalhes. Não olhamos mais nos olhos (às vezes, sequer via webcam). Isso não tem nada a ver com dizer a todos o que esta fazendo, o tempo todo! Tem mais ver, com dizer a poucos, o que de importante fez, faz ou quer fazer.
É uma pena que estamos no momento de “quantidade” de exposição, e pouca “qualidade” na demonstração.

Falta-me, a meu ver, contato físico! Nada, de verdade, contra as redes sociais. Mais muitos, Muitos mesmo, estão confundindo os “instrumentos” para facilitar o contato, com o contato de fato.

Bem, mais uma vez, me valido dos fatos. Vamos a eles!

Como sabemos, sempre fizemos e tivemos nossos encontros, fotos, mídias diversas. Mais nunca. Nunca mesmo! Estivemos tão expostos, e ao mesmo tempo, tão solitários e isolados com nossos pequenos “hardware” (celulares, Notebook, Palmtops) e nossos importantes “software” de comunicação.

É meus amigos, colegas, desconhecidos e demais categorias! Estamos cada vez mais “conectados” e “paradoxalmente” isolados e sozinhos em nos mesmos. Aliás, nem isso acontece mais, porque muitos de nos, sequer estar em si. Muitas vezes, solitários e “DESCONECTATOS” de si mesmo.

ALERTA: Perigosa, essa associação de exposição daquilo que pouco se “sabe” e “sente” de si mesmo, e mais ainda, daquilo que, pouco “Se é” e “Está”.
Qual - De que forma - A que tempo - E para quem, iremos usar nossos “instrumentos”, não é relevante neste contexto. Aliás, muitas vezes, não participar, se ausentar, e até mesmo, não se “dimensionar”, pode ser uma saída para nosso déficit de atenção.

Que os MEIOS não sobreponham aos FINS.

Ainda, a meu ver, queremos o que desde os primórdios, queríamos. Amar e ser amado!

Grande abraço a todos!

Obs.: Tenho muito a agradecer ao Twitter, Orkut, Facebook, Gtalk, MsN, e aos demais instrumentos de comunicação.


(Autor: Marcelo Bispo)

Nenhum comentário: